Até 2030 Portugal terá de cumprir com objetivos ambiciosos no âmbito da reciclagem dos resíduos de embalagens.
2021 registou um aumento face a 2020 nas embalagens recolhidas para reciclagem, com o plástico a destacar-se neste crescimento, devido em parte às várias iniciativas adotadas para a recolha de garrafas de plástico PET, através de incentivos dados aos consumidores, como por exemplo, vales de desconto por cada depósito efetuado em máquinas de venda reversa (RVM – reverse vending machine) distribuídas por vários supermercados que poderiam ser descontados na própria loja ou doados a instituições de solidariedade. Este projeto, além de promover a economia circular, aumenta a eficiência do processo de reciclagem, uma vez que a triagem deixa de ser necessária, pois as embalagens depositadas nestes sistemas de depósito chegam limpas e sem contaminantes.
A diretiva (UE) 2019/904, referente aos Plásticos de Uso Único, que entrou em vigor em novembro de 2021 é outro exemplo qua visa contribuir para a redução do consumo e do impacto de produtos de plástico no ambiente e nos oceanos. Convém referir que os artigos de plástico de utilização única, bem como os produtos feitos com plástico oxodegradável representam cerca de 70% do lixo marinho na União Europeia.
Outra tendência para ajudar a cumprir as metas impostas até 2030, pode passar pelo sistema PAYT (Pay-As-You-Throw), que consiste em penalizar quem produzir maior quantidade de lixo indiferenciado. Este projeto-piloto foi testado em 2021 pela Câmara Municipal da Maia e revelou-se um sucesso, estando prevista a sua expansão a todo o território nacional até 2023. São objetivos principais desta iniciativa reduzir a produção de resíduos indiferenciados e promover a separação dos resíduos valorizáveis.